OPEP+ reduzirá a produção de petróleo em julho de 2023

Nações produtoras de petróleo colaborarão para redução da produção de petróleo de modo a atingir equilíbrio entre oferta e demanda. Esse movimento visa a melhorias dos preços e manutenção da estabilidade do mercado de petróleo. Normalmente, a coalizão OPEP+ pretende planejar medidas que estabilizarão a balança do mercado de petróleo mundial.

Razões para redução

A indústria global do petróleo é influenciada por diversos fatores: oferta e demanda, políticas econômicas e sociais de produção de petróleo, e nações consumidoras e condições geopolíticas. Consequentemente, a redução de produção de petróleo é uma estratégia efetiva para que a aliança trate dos desafios enfrentados pela indústria.

Atualmente, a indústria do petróleo encontra diversos obstáculos devido a uma oferta excedente e baixa demanda em alguns mercados, aliados ao impacto da pandemia de COVID-19. Como resultado de tais desafios, a produção de petróleo vem caindo nos últimos anos. Antecipa-se que a aliança adotará maiores medidas para enfrentar esses problemas e manter a estabilidade do mercado de petróleo.

Quais países reduzirão a produção?

Em reunião da aliança OPEP+ realizada em Viena, vários países produtores de petróleo, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Kuwait, Omã e Argélia, concordaram em reduzir a produção voluntariamente.

A Arábia-Saudita anunciou que fornecerá cortes temporários adicionais à produção de petróleo. O Ministros Saudita de Energia, Príncipe Abdulaziz bin Salman, confirmou em conferência de imprensa que o reino reduzirá a produção a um milhão de barris por dia a partir de 1 de julho, durante um mês. Também há possibilidade de extensão desse prazo.

Também foi anunciado que o Iraque continuará o corte voluntário de sua produção de 211.000 barris por dia até o fim do ano que vem.

Adicionalmente, Oman decidiu estender seu corte voluntário de produção para aproximadamente 40.000 barris por dia até o fim de 2024.

Os Emirados Árabes Unidos concordaram em continuar sua redução voluntária para aproximadamente 144.000 barris por dia.

Igualmente, a Argélia se compromete a estender seu corte de produção para aproximadamente 48.000 barris por dia durante o mesmo período.

O Kuwait também aprovou a extensão de seu corte voluntário de produção de 124.000 barris por dia até a conclusão de 2024.

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, afirmou que a aliança OPEP + cortou um total de 3,66 milhões de barris por dia. Esses cortes foram feitos como medida preventiva corrdenada entre os países participantes do acordo OPEP+. Os cortes voluntários foram anunciados anteriormente em abril e serão baseados no nível de produção da linha de base, conforme acordado na 35ª reunião ministerial da OPEP+ em 4 de junho de 2023.

Impacto sobre os preços do petróleo

A decisão da OPEP+ em reduzir a produção resultou em significativo aumento dos preços do petróleo. No início do pregão asiático após a reunião da OPEP+, os contratos futuros de petróleo Brent subiram 3%, ou US$ 2,29 por barril, atingindo US$ 78,42 por barril, com uma alta da sessão de US$ 78,73 por barril. Além disso, o petróleo bruto West Texas Intermediate subiu US$ 2,27, ou 3,2%, para US$ 74,01 por barril, tendo atingido uma alta de US$ 75,06 por barril no início do dia.

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