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Entendendo o Processo de Oferta Pública Inicial (Initial Public Offering – IPO)

Adam Lienhard
Adam
Lienhard
Entendendo o Processo de Oferta Pública Inicial (Initial Public Offering – IPO)

Uma oferta pública inicial (IPO), representa um marco significativo para qualquer empresa privada em processo de transição para uma entidade de capital aberto. Este artigo explora os aspectos fundamentais de uma IPO, de sua definição e propósito ao processo intricado que a guia.

IPO: definição

Uma oferta pública inicial (IPO), marca a transição do status de uma empresa de privado para público. Este evento permite que uma companhia ofereça suas ações ao público geral pela primeira vez, aumentando, assim, o capital de investidores públicos.

Este movimento é vantajoso para investidores privados, que podem ver a apreciação de seu investimento devido ao prêmio das ações que geralmente acompanha uma IPO. Ela também abre a porta para investidores públicos se envolverem na oferta.

Propósito de uma IPO

IPO significa a inauguração das ações de uma empresa privada no mercado público. Para dar início a uma oferta público inicial, as empresas devem aderir a regulações estabelecidas pelo mercado de ações e a SEC.

IPO’s servem como conduíte para empresas acessarem financiamento vendendo ações no mercado primário. Bancos de investimento desempenham um papel crucial na comercialização da IPO, aferindo demanda e determinando o preço e timing das IPO’s. Para fundadores e investidores originários, uma IPO representa uma potencial estratégia de saída, permitindo que capitalizem seu investimento inicial.

Durante o processo da IPO, uma empresa passa por uma minuciosa avaliação de subscrição, que culmina com a precificação das ações de IPO. Este passo transforma a propriedade de ações previamente privadas em hodings públicas, com o valor destas ações refletindo o preço de negociação público.

Como funciona o processo de IPO?

A jornada de uma oferta pública se desenrola por uma série de fases distintas:

  1. Preparação

Uma empresa se prepara para a oferta pública inicial organizando os seus registos financeiros, garantindo a conformidade regulamentar e, muitas vezes, submetendo-se a uma auditoria abrangente.

  1. Subscritores

Um banco de investimento e escolhido para servir como subscritor, com a tarefa de auxiliar na precificação da IPO, manuseio da documentação necessária, e comercializar a oferta pública inicial a investidores potenciais.

  1. Revisão regulatória

A empresa submete uma declaraão de registro, incluindo o prospecto, à SEC. Este documento passa por uma revisão para verificar se todas as informações críticas foram totalmente divulgadas.

  1. Precificação

O subscritor colabora com a empresa para estabelecer o preço da oferta pública das ações, levando em conta a avaliação de mercado da empresa, as condições de mercado prevalecentes e o interesse dos investidores.

  1. Roadshow

Junto ao subscritor, executivos da empresa embarcam num roadshow para despertar o interesse entre investidores prospectivos, expondo os prospectos de negócios da empresa.

  1. Tornar-se pública

Seguindo a aprovação da SEC e a determinação do preço final da ação, as ações da empresa são listadas na bolsa, tornando-se disponíveis para compra pelo público geral.

  1. Pós-IPO

Após o lançamento da oferta pública inicial, a companhia é obrigada a cumprir obrigações contínas de relatórios e fica sujeita ao olhar atento do público. O desempenho de mercado da ação será influenciado pela saúde financeira contínua da empresa e pelo potencial de crescimento futuro.

O processo IPO geralmente dura um período de seis a nove meses. Este prazo pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a organização da equipe que gerencia o IPO, a complexidade das finanças da empresa, as condições de mercado e o ambiente regulatório.

Riscos comuns associados ao investimento em IPO’s

Embora os IPOs ofereçam o fascínio de investir num novo participante no mercado potencialmente lucrativo, também acarretam riscos distintos dos quais os investidores devem estar conscientes.

  • Sobrevalorização. Alta demanda de investidores pode levar a preços de IPO inflados, que podem, subsequentemente, cair caso o mercado ajuste a avaliação pós-cotação.
  • Dados históricos limitados. À medida que a IPO representa a inauguração de uma empresa ao mercado público, há geralmente uma escassez de histórico financeiro para investidores avaliarem.
  • Volatilidade. A ação de preços de empresas públicas novas pode ser altamente volátil, à medida que o mercado procura estabelecer um preço justo.
  • Desempenho potencialmente inferior. Pesquisas indicam que muitas IPO’s podem não ter um desempenho tão bom quando ações estabelecidas no mercado a longo prazo.
  • Alocação de ações. Os pequenos investidores poderão ter dificuldades em adquirir ações ao preço do IPO, que é frequentemente atribuído a investidores institucionais.
  • Períodos de lock-up. Após uma IPO há tipicamente um período de lock-up durante o qual os primeiros investidores e os insiders da empresa ficam proibidos de vender suas ações, o que pode levar a uma liquidação quando o período terminar.

Investidores devem conduzir uma pesquisa minuciosa e entender todos estes riscos antes de participar de uma IPO.

Conclusão: ofera pública inicial

Uma IPO representa mais do que apenas uma transação financeira; é um movimento estratégico que pode definir a trajetória futura de uma empresa. Ao navegar as complexidades de um processo de IPO com previsão e diligência, empresas podem desbloquear novas vias de crescimento, enquanto investidores podem se aproveitar de oportunidades na paisagem dinâmica dos mercados públicos.

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