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5 coisas que afetam o dólar como commodity global

Adam Lienhard
Adam
Lienhard
5 coisas que afetam o dólar como commodity global

O dólar estadunidense tem sido a principal reserva global desde a Segunda Guerra Mundial. A moeda tem desempenhado um papel significativo no comércio global. Entretanto, as quotas de reservas de dólar para o comércio exterior global têm caído, chegando abaixo dos 60% no Q4 de 2021, devido ao crescente uso de moedas alternativas. Saiba mais sobre fatores que podem influenciar a hegemonia do dólar em anos vindouros.

O Yuan se torna popular

O sistema monetário internacional, que tem sido há muito dominado pelo dólar, está experimentando uma mudança. O uso do yuan chinês continua a aumentar no comércio global. É notável que nações como a Rússia e o Irã, sujeitas a sanções, tenham adotado o yuan como uma moeda alternativa viável para o comércio, ao invés do dólar.

O ouro é um porto-seguro

O crescente interesse no ouro como um ativo alternativo em países emergentes reflete uma mudança nas estratégias de reserva monetária globais. Anteriormente, países dependiam do dólar e de outras moedas maiores como ativos para reservas estrangeiras, mas recentemente, países começaram a buscar alternativas.

O ouro serve como um depósito de valor para reservas estrangeiras durante tempos econômicos difíceis e inflação. O uso de ouro como um ativo alternativo depende de diversos fatores, incluindo estabilidade política e econômica, inflação e rendimento de títulos, taxa de câmbio e flutuações monetárias.

Recentemente, países emergentes (como Rússia, China e Índia), começaram a aumentar suas reservas de ouro. Isso pode ajudar países a diversificar seus portfolios e reduzir a dependência frente ao dólar e outras moedas maiores.

O ouro também é usado para apoiar moedas locais em países emergentes, especialmente em casos de depreciação, como aconteceu em países como o Zimbábue.

O euro está em alta para transações internacionais

Você sabia que o euro é a segundo moeda mais usada no mundo para pagamentos internacionais e transações financeiras, depois do dólar? O euro mantém uma posição significativa no sistema financeiro global, representando cerca de 20% das moedas estrangeiras globais e do débito internacional.

A União Europeia está lutando para aumentar o papel do euro, melhorando sua infraestrutura e rogando a companhias que o usem para comércio internacional e investimentos estrangeiros. Especialistas sugerem que o euro possa ganhar com as tensões comerciais entre EUA e China, com firmas europeias optando pelo euro ao conduzir negócios com a China.

Dependência crescente em criptomoedas

É crescente o desempenho de criptomoedas como desafiantes do dólar enquanto moeda dominante. Entre esses ativos digitais, o Bitcoin ganhou atenção significativa nos últimos anos.

Descentralizadas e baseadas em tecnologia blockchain, criptomoedas oferecem diversas vantagens, incluindo privacidade, segurança e transparência. Elas podem ser usadas para pagamentos online e transferências de dinheiro sem a dependência em bancos ou instituições financeiras tradicionais, o que as torna um instrumento valioso para comércio internacional com opções de liquidações rápidas e seguras.

Nos últimos anos, vimos alguns países em desenvolvimento, como El Salvador e a República Centro-Africana, adotarem criptomoedas como moedas legais. El Salvador tornou o Bitcoin uma moeda legal em 2021, podendo ser usada para todas as transações comerciais e transferências de dinheiro. O governo adicionou o Bitcoin às suas reservas estrangeiras.

O aumento dos preços de criptomoedas é uma indicação clara da crescente confiança e competitividade desta moeda digital. É esperado que o envolvimento de grandes corporações e investidores promovam ainda mais a adoção e crescimento de criptomoedas, alimentando maior competição no mercado.

A crescente influência dos países dos BRICS

O grupo dos BRICS, consistindo em Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, está advogando a adoção de uma moeda compartilhada. A sugestão foi apresentada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em junho de 2022, e ganhou tração entre as discussões sobre a redução do domínio do dólar.

Criar uma moeda compartilhada entre as nações dos BRICS aumentaria os laços comerciais e de investimento, baixando a dependência no dólar. Esse movimento também aumentaria a influência do grupo em negociações internacionais.

Uma moeda dos BRICS sem dúvida seria sem dúvida apoiada no ouro e em reservas de commodities dos países membros, criando uma moeda expecionalmente estável e confiável. Essa iniciativa expressa a determinação do grupo em dar nova forma à paisagem econômica global.

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